terça-feira, novembro 14

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Crítica sobre o livro "Junky"

O livro "Junky" é um conjunto de drogas que se misturam numa seringa, se agitam, e o resultado é uma obra-prima. O livro, escrito por um dos maiores escritores norte-americanos do séc. XX leva-nos, por vezes, também à dependência. Um romance onde a escrita assume a sua forma mais bela: o caótico, a anarquia são o ritmo, a estrutura de toda a narrativa. Repleto de acções, o livro "prende-nos", capta a nossa atenção.

Nenhum autor se compara a William Burroughs, encarnado em Bill, no que toca à descrição de todos os contornos das drogas. A personagem Bill é um espelho e um retrato da vivência de William Burroughs enquanto toxicodependente. O "tio" Bill como muitos carinhosamente o chamam, experimenta várias casas de xuto, vive várias experiências a nível sexual e redescobre a sua sexualidade. Esta personagem transformou-se num mito para todos os amantes da droga. É um ídolo que representa várias facetas dos toxicodependentes e uma forma especial de viver.

Bill descobre-se e justifica o porquê de se drogar. Como diz: "O gozo é ver as coisas de um ponto de vista especial, libertarmo-nos da carne envelhecida, assustada, prudente e incómoda." Só a droga faz esse efeito de nos fazer compreender, observar e analisar a realidade de outra forma. A droga é a única substância que nos consegue libertar de todos os dogmas gravados na nossa mente. A droga permite-nos viver livremente, embora dela sempre dependentes, o que transforma a nossa vida num paradoxo.

William Burroughs, reconhecido autor norte-americano, já não existe enquanto pedaço de "carne envelhecida", contudo permanece nos livros que escreveu. Nesses livros podemos absorver a visão especial de um toxicodependente e abandonar finalmente o preconceito em relação às drogas e à sexualidade, pois tudo o que desconhecemos tendencialmente rejeitamos.

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