terça-feira, outubro 2

The Fountain

"- Will you deliever Spain from bondage?
- Upon my honor and my life.
- Then you shall take this ring to remind you of your promise.
You shall wear it when you find Eden, and, when you return, I shall be your Eve.


Together we will live forever."



"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz". - Platão

Filme: The Fountain

Realizador: Darren Aronofsky

Tagline: "What if you could live forever?"


Onde começar? Existe tanta coisa que quero dizer mas tão poucas palavras me surgem... Como definir este filme? Uma história romantica? Um filme sobre a dualidade existente entre a vida e a morte? Um filme sobre o aceitamento da morte como parte da vida? Sobre o Amor, no seu estado mais puro, sobre o VERDADEIRO Amor, aquele que ultrapassa todas as barreiras sejam elas reais ou imaginadas, espaciais ou temporais?É tudo isso e muito, muito mais.


The Fountain abraça toda uma quantidade de factores que muito dificilmente é descrito de alguma forma. Poderia usar palavras como "inigualável", "magnifico", "sublime", "perfeito", "único", todas estas palavras e mais algumas, e mesmo assim nenhuma delas nem todas elas em conjunto servem para descrever este filme arrebatador.


2000



Um cientista, Tom Creo, interpretado por Hugh Jackman, procura desesperadamente a cura para o cancro que assola a sua amada, Izzi. Perdido na sua busca, renega a possibilidade de passar os ultimos momentos com a sua mulher. Izzi, interpretada por Rachel Weizs, decide então escrever um livro, intitulado The Fountain, para, assim, ajudar o seu marido a cooperar com a sua morte.Thomas e Izzi são puramente opostos. Enquanto ele parece sofrer de algum tipo de Tanatofobia (medo da morte) ela parece aceita-la facilmente e entendê-la como fazendo parte da grande viagem da Vida.


1500



Mergulhando no mundo imaginário de Izzi, com o livro The Fountain, deparamo-nos com uma Espanha à merçê do Inquisidor. Isabelle, a Rainha de Espanha, envia um Conquistador, Thomas, à procura da Árvore da Vida, escondida numa piramide Maia. Era dito que quem quer que bebesse da seiva daquela Árvore viveria para sempre. Assim, Thomas parte levando consigo um anel dourado e levando na sua mente a promessa da sua Rainha.


"Leva este anel para te lembrares da tua promessa.
Usá-lo-às quando encontrares o Éden.
E quando regressares serei a tua Eva.
Juntos viveremos para sempre."

2500


Tom encontra-se agora dentro de uma bolha juntamente com uma Árvore. Esta bolha é um transporte que lhes permite viajar no espaço. Ele pratica Tai-Chi e medita. Vive apenas para levar a sua amada, aquela árvore, até Xibalba, a misteriosa estrela que, segundo a lenda Maia, alberga as almas dos mortos sendo assim considerada o Sub-Mundo Maia. Tom navega cegamente até Xibalba passeando-se por memórias de Izzi, nunca entendendo o significado de toda a sua vida... nunca entendendo que, naquele momento, segue para a sua morte onde se reunirá a Izzi para um possivel renascimento...




Pode parecer dificil mas tudo isto está contido num só filme, tudo isto e muito mais!


Uma Ode ao Amor Eterno, já vi eu chamarem-lhe!


Mas um filme não se faz apenas a partir da história. Um filme é mais. São prespectivas, cores, sons, planos...




Som


Todo ele por Clint Mansell (que, aliás, já tinha trabalhado com Aronofsky nos seus outros dois filmes, Pi e Requiem for a dream) a banda sonora é toda ela impressionante. Muitos poderão afirmar que ela é monotona e repetitiva, mas ambos os factores são necessarios para este filme. Mansell escolheu uma banda sonora ligeiramente repetitiva mantendo a mesma estrutura musical mas mudando apenas algumas notas de forma a caracterizar cada tempo do filme.Nota-se também um crescer de intensidade enquanto que o filme se vai aproximando do seu estonteante climax.




Cores

Que dizer acerca das cores que não a simples palavra "Aronofsky"? Quem conhece o seu trabalho entende o que digo. Aronofsky dá uma incomesurável importancia às cores. Por todo o The Fountain nota-mos sempre a dualidade Luz/Escuridão, normalmente sempre com a luz a incidir sobre Izzi, e a Escuridão a incidir sobre Tom. Apenas lá no fim, quando Tom finalmente se entrega de alma e coração àquilo por que todos nós temos que passar, é que se vê ele banhado pela luz da Vida.



Planos

Quem já conhece Aronofsky verá neste filme muitas coisas familiares. Desde lábios, a poros, a pelos do pescoço, Aronofsky faz planos a tudo, o que leva o espectador a entrar na cabeça das personagens de uma forma inexplicável.



E além de todas estas componentes à que notar também nos pequenos detalhes que apenas temos percepção quando revemos o filme várias vezes. O Inquisidor a espalhar tinta em cima de uma mapa parecendo-se ao espalhar do cancro dentro do corpo de Izzi. A vestimenta de Isabelle que toda ela está coberta de pérolas brancas como que se parecessem estrelas. A divisão dos três tempos feita por figuras geometricas... sendo o 1500 definido por Triângulos, o 2000 por Quadrados, e o 2500 por Circulos... (não digo Passado, Presente, Futuro porque, na verdade, o que pensamos ser o Futuro - 2500 - é o Presente desta história)

Todos estes pormenores são o que fazem deste filme o que ele é.



Não esquecer também de toda a importancia dada à aliança... o Circulo... o Ciclo completo da vida, com a morte lá presente... O objecto que não tem nem inicio nem fim... não nasce nem morre... vive... para sempre... como o Amor deve viver.



Sentarmo-nos em frente a uma Tv para ver este filme é ter uma experiência transcendental. Deixamos o nosso corpo e entramos num mundo totalmente diferente...



É uma viagem... uma viagem da escuridão até à luz... até ao Iluminamento. É deixarmos para trás o nosso corpo, qual simples carapaça terrestre, e elevarmos a nossa alma para longe, até às estrelas, até Xibalba, até a um Renascimento.


Se alguém se sentir capaz de tal viagem então que parta já e vá ver o filme. Garanto uma experiencia magnifica dentro do mais intimo que existe em nós.


Quero agradecer pela honra de publicar neste Blog =) Já não o fazia à muito tempo. Tenho saudades vossas, temos que ir sair!

Até lá... Bons filmes!

1 comments:

Anónimo,  10/04/2007 7:53 da tarde  

Nem leio!
Este filme é EXCELENTE!
Simplesmente lindo e com uma história de amor para recordar.
Além do Hugh Jackman (k adoro cm as mnhs forças todas) fazer um papel optimo e completamente diferente dos seus anteriores (o que lhe valeu mais pontos na mnh consideração) temos a Rachel Weisz (excelente actriz e cm um papelão)...
A banda sonora... Tão a gozar????
LINDA! cheia de violinos e melodias k ficam no ouvido e que podemos encaixar em tds as ocasiões na nossa vida!
Este filme é simplesmente um dos melhores filmes k vi em toda a minha vida!
Adorei e aconseilho a toda a gente...

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