The Fountain
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"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz". - Platão
Filme: The Fountain
Realizador: Darren Aronofsky
Tagline: "What if you could live forever?"
Onde começar? Existe tanta coisa que quero dizer mas tão poucas palavras me surgem... Como definir este filme? Uma história romantica? Um filme sobre a dualidade existente entre a vida e a morte? Um filme sobre o aceitamento da morte como parte da vida? Sobre o Amor, no seu estado mais puro, sobre o VERDADEIRO Amor, aquele que ultrapassa todas as barreiras sejam elas reais ou imaginadas, espaciais ou temporais?É tudo isso e muito, muito mais.
The Fountain abraça toda uma quantidade de factores que muito dificilmente é descrito de alguma forma. Poderia usar palavras como "inigualável", "magnifico", "sublime", "perfeito", "único", todas estas palavras e mais algumas, e mesmo assim nenhuma delas nem todas elas em conjunto servem para descrever este filme arrebatador.
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1500
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"Leva este anel para te lembrares da tua promessa.
Usá-lo-às quando encontrares o Éden.
E quando regressares serei a tua Eva.
Juntos viveremos para sempre."
2500
Tom encontra-se agora dentro de uma bolha juntamente com uma Árvore. Esta bolha é um transporte que lhes permite viajar no espaço. Ele pratica Tai-Chi e medita. Vive apenas para levar a sua amada, aquela árvore, até Xibalba, a misteriosa estrela que, segundo a lenda Maia, alberga as almas dos mortos sendo assim considerada o Sub-Mundo Maia. Tom navega cegamente até Xibalba passeando-se por memórias de Izzi, nunca entendendo o significado de toda a sua vida... nunca entendendo que, naquele momento, segue para a sua morte onde se reunirá a Izzi para um possivel renascimento...
Pode parecer dificil mas tudo isto está contido num só filme, tudo isto e muito mais!
Uma Ode ao Amor Eterno, já vi eu chamarem-lhe!
Mas um filme não se faz apenas a partir da história. Um filme é mais. São prespectivas, cores, sons, planos...
Todo ele por Clint Mansell (que, aliás, já tinha trabalhado com Aronofsky nos seus outros dois filmes, Pi e Requiem for a dream) a banda sonora é toda ela impressionante. Muitos poderão afirmar que ela é monotona e repetitiva, mas ambos os factores são necessarios para este filme. Mansell escolheu uma banda sonora ligeiramente repetitiva mantendo a mesma estrutura musical mas mudando apenas algumas notas de forma a caracterizar cada tempo do filme.Nota-se também um crescer de intensidade enquanto que o filme se vai aproximando do seu estonteante climax.
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Cores
Que dizer acerca das cores que não a simples palavra "Aronofsky"? Quem conhece o seu trabalho entende o que digo. Aronofsky dá uma incomesurável importancia às cores. Por todo o The Fountain nota-mos sempre a dualidade Luz/Escuridão, normalmente sempre com a luz a incidir sobre Izzi, e a Escuridão a incidir sobre Tom. Apenas lá no fim, quando Tom finalmente se entrega de alma e coração àquilo por que todos nós temos que passar, é que se vê ele banhado pela luz da Vida.
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Planos
Quem já conhece Aronofsky verá neste filme muitas coisas familiares. Desde lábios, a poros, a pelos do pescoço, Aronofsky faz planos a tudo, o que leva o espectador a entrar na cabeça das personagens de uma forma inexplicável.
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E além de todas estas componentes à que notar também nos pequenos detalhes que apenas temos percepção quando revemos o filme várias vezes. O Inquisidor a espalhar tinta em cima de uma mapa parecendo-se ao espalhar do cancro dentro do corpo de Izzi. A vestimenta de Isabelle que toda ela está coberta de pérolas brancas como que se parecessem estrelas. A divisão dos três tempos feita por figuras geometricas... sendo o 1500 definido por Triângulos, o 2000 por Quadrados, e o 2500 por Circulos... (não digo Passado, Presente, Futuro porque, na verdade, o que pensamos ser o Futuro - 2500 - é o Presente desta história)
Todos estes pormenores são o que fazem deste filme o que ele é.
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Não esquecer também de toda a importancia dada à aliança... o Circulo... o Ciclo completo da vida, com a morte lá presente... O objecto que não tem nem inicio nem fim... não nasce nem morre... vive... para sempre... como o Amor deve viver.
Sentarmo-nos em frente a uma Tv para ver este filme é ter uma experiência transcendental. Deixamos o nosso corpo e entramos num mundo totalmente diferente...
É uma viagem... uma viagem da escuridão até à luz... até ao Iluminamento. É deixarmos para trás o nosso corpo, qual simples carapaça terrestre, e elevarmos a nossa alma para longe, até às estrelas, até Xibalba, até a um Renascimento.
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Se alguém se sentir capaz de tal viagem então que parta já e vá ver o filme. Garanto uma experiencia magnifica dentro do mais intimo que existe em nós.
Quero agradecer pela honra de publicar neste Blog =) Já não o fazia à muito tempo. Tenho saudades vossas, temos que ir sair!
Até lá... Bons filmes!
1 comments:
Nem leio!
Este filme é EXCELENTE!
Simplesmente lindo e com uma história de amor para recordar.
Além do Hugh Jackman (k adoro cm as mnhs forças todas) fazer um papel optimo e completamente diferente dos seus anteriores (o que lhe valeu mais pontos na mnh consideração) temos a Rachel Weisz (excelente actriz e cm um papelão)...
A banda sonora... Tão a gozar????
LINDA! cheia de violinos e melodias k ficam no ouvido e que podemos encaixar em tds as ocasiões na nossa vida!
Este filme é simplesmente um dos melhores filmes k vi em toda a minha vida!
Adorei e aconseilho a toda a gente...
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